
Aumento do calor com o clima quente e seco do mês de julho para agosto provocou em uma semana no Mato Grosso do Sul 123 focos ativos de queimadas.
Os dados coletados por satélites são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais(INPE) por meio de monitoramento diário.
Em apenas doze dias do mês de agosto os 123 focos de calor são superiores aos números registrados nos mêses de janeiro a abril deste ano.
Até o momento, o maior registro deste ano foi justamente no mês passado(julho) com 307 focos de calor informados, as altas temperaturas de julho fizerem com que o Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul entrasse em alerta para atuar em caso de incêndios florestais o Pantanal, Cerrado e também na Mata Atlântica, biomas presentes no Estado.
Em média está acontecendo pelo menos 10 focos de calor por dia no Estado. Caso esse ritmo de ocorrências permaneça, deve haver mais de 300 queimadas até o fim deste mês.
Caso este prognostico ocorra, este mês de agosto terá 37% a mais de focos ativos de calor que os registrado no mesmo período do ano passado, quando houveram 230 focos.
QUEIMADA EM MATA
Na noite desta sexta-feira(11) uma área de vegetação pegou fogo no bairro Jardim Ouro Preto, próximo da Rua Martins Pescador, ao lado do supermercado atacadão da Gunter Hans.
Segundo moradores um transformador explodiu e um arco elétrico decorrente da explosão desceu ocasionando o fogo.
O problema no equipamento pode ter cido ocasionado devido a um superaquecimento por conta do uso de frequente dos moradores do bairros de equipamentos eletrónicos de ar condicionado e ventilador neste calor.
O bairro ficou sem energia por horas devido ao incêndio, equipes do Corpo de Bombeiros foram acionadas para apagar as chamas, além da Energisa para restabelecer a energia, que voltou ao seu funcionamento normal durante a madruga deste sábado(12).
CLIMA SEVERO
Para o Bombeiro Militar Tenente-Coronel, Leonardo Rodrigues Congro, presidente do Comitê Interinstitucional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Comitê do Fogo), entrevistado pelo Correio do Estado, o clima atualmente está severo para a probabilidade de queimadas.
“Embora tenho chovido muito neste ano, em termos de voltar a normalidade. A chuva cria outro problema, que é este período de estiagem, que deve seguir até setembro com o aumento da biomassa que foi grande”, informou Congro.
Segundo o Tenente Coronel do Corpo de Bombeiros, a propensão de queimadas no Estado deve seguir até setembro, e esta condição de incendios é causada pelo tempo de 30 dias de seca, temperaturas a mais de 30 graus, e com menos de 30% de umidade relativa do ar.
As principais demandas de focos de calor que estão sendo monitorados pelos bombeiros é na região pantaneira, onde há equipes sendo mandadas regularmente a região, com reforço na brigada de incêndio em terras indígenas e em áreas federais.
“Os incêndios em 2020 geraram uma atenção a mais de resposta a queimadas florestais, com o monitoramento de como o clima se encontra. Equipes estão fazendo o monitoramento dos focos de calor por satélite, entrando em contato com fazendeiros rurais informando as coordenadas para garantir o sucesso do combate aos incêndios”, disse Leonardo Congro.
PREVENÇÃO
O Corpo de bombeiros vem atuando na prevenção de incêndios ambientais deste o início do mês de julho, a partir do dia 17.
De acordo com o mais recente boletim de monitoramento de queimadas, divulgado pelo Governo do Estado, já foram empregados um efetivo de 48 bombeiros e bombeiras militares desde então, nas ações de prevenção e combate aos incêndios florestais nos últimos dias.
O uso da tecnologia contribui para as ações de monitoramento e preservação do Pantanal e do Cerrado em Mato Grosso do Sul, no trabalho desenvolvido pelo Corpo de Bombeiros do Estado no combate aos incêndios florestais.
A corporação vem utilizando a tecnologia de drones, equipamentos de proteção individual de segurança (roupas e botinas resistentes as chamas), monitoramento via satélite por meio de convênios com a Nasa, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais(Inpe) e Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), além de tecnologia de navegação, dados e inteligência artificial, na atuação dos bombeiros para mitigar os danos causados pelos incêndios florestais.
Para que os focos de calor continuem sob controle, a aeronave Air Tractor, poderá ser usado nas regiões de difícil acesso dos bombeiros militares.
O avião, que tem capacidade para transportar até três mil litros de água, e foi entregue no dia 28 de fevereiro deste ano no Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema.
E mesmo com os primeiros registros de aumento exponencial de focos de incêndio neste ano de 2023, houve uma redução de 69% na área queimada do Bioma Cerrado em Mato Grosso do Sul, e uma redução de 81,8% no bioma do Pantanal em relação ao ano de 2022. Fonte: correio do Estado.