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Em um ano, área queimada no Pantanal subiu de 56 mil para 1,4 milhão de hectares

Além do Pantanal, os incêndios florestais tiveram um aumento significativo no Cerrado e Mata Atlântica

Animais retornam em meio as cinzas no Pantanal Foto: (Henrique Arakaki, Midiamax)

Os incêndios florestais têm gerado impactos significativos aos biomas sul-mato-grossenses. A situação mais crítica ocorre no Pantanal, que registrou um aumento de 2.472,8% em relação a 2023. Em um ano a área queimada subiu de 56.375 para 1.450.425 hectares.

No Cerrado, também houve aumento considerável, com um crescimento de 91,0% entre 2023 e 2024. Segundo dados do boletim informativo de incêndios do Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima), a área queimada no bioma passou de 194.900 para 372.325 hectares.

O Pantanal lidera o número de focos de calor, com um aumento significativo de 360 para 7.309 focos. Na sequência, o Cerrado apresentou um crescimento de 267%, passando de 956 para 3.517 focos de calor, enquanto a Mata Atlântica registrou uma aumento de 202 para 937 focos entre 2023 e 2024.

O boletim também destaca que os municípios de Corumbá (64,0%), Aquidauana (16,5%), Porto Murtinho (10,1%) e Miranda (8,1%) concentram 98,7% dos focos de calor no Pantanal de Mato Grosso do Sul, conforme dados do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

Pantanal
Percentual de incêndios em MS (Divulgação, Cemtec)

Para conter o avanço do fogo, o CBMMS (Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul) atua na região desde 2 de abril. Até o momento, 1.177 bombeiros e bombeiras militares foram mobilizados nas ações de prevenção, preparação e combate aos incêndios florestais, como parte da Operação Pantanal 2024.

Fogo devastou áreas preservadas

O mesmo fogo que queimou as plantações rurais também devastou áreas de preservação ambiental. Os dados mostram que as Unidades de Conservação do Pantanal e Cerrado tiveram um aumento significativo, passando de 250 para 28.175 hectares de área queimada.

Na região do Amolar, também no Pantanal, a área queimada subiu de 950 para 161.205, já nas terras indígenas do Cerrado o aumento foi de 6.263,4%, passando de 5.600 para 356.350 em um ano.

Conforme os bombeiros, o número de ocorrências de incêndios florestais atendidos pelas equipes de combate subiu de 3.245 no ano passado, para 4.910 neste ano, cerca de 51,3%

Perigo de fogo extremo

Fogo na margem da BR-262, próximo a Corumbá (Foto: Henrique Arakaki, Midiamax)

As condições meteorológicas previstas para Mato Grosso do Sul são favoráveis à ocorrência de incêndios florestais, com predominância de ar seco e temperaturas acima da média. Conforme o Cemtec, no Pantanal, o risco de fogo é classificado como “extremo” para o período de 19 a 23 de setembro. Em situações de risco “extremo”, as condições de combate tornam-se difíceis, até mesmo para os meios aéreos, devido à alta velocidade de propagação das chamas.

Além disso, entre quinta-feira (19) e quarta-feira (26), a previsão do tempo indica condições firmes, com temperaturas em elevação e acima da média para o período, associadas a um clima seco, que se intensificará nos próximos dias. Ou seja, nos próximos dias Mato Grosso do Sul terá o seguinte cenário:

  • Ar quente e seco ganha força.
  • Temperaturas mínimas variando entre 25-28°C.
  • Temperaturas máximas variam entre 37-42°C, principalmente na região pantaneira.
  • Umidade relativa do ar fica baixa, em torno de 8-25%.
  • Ventos atuam, predominantemente, do quadrante norte.
  • Probabilidade para chuvas entre sexta (20/09) e sábado (21/09).

Ainda conforme o boletim, a previsão da probabilidade de fogo para o trimestre Setembro-Outubro-Novembro de 2024 mostra que em grande parte do estado, as condições encontram-se no nível de “Atenção”. As regiões extremo norte e sudoeste encontram-se no nível de “Alerta”. Já as regiões sudeste, leste e encontram-se no nível de alerta de “Observação”.

Fonte: Midiamax.

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