Frango aquático e azul tem suas peculiaridades e volta e já teve aparições registradas até no Lago do Amor, em Campo Grande
Já viu um desses? De imponente coloração, o frango d’água azul (Porphyrio martinicus) não passa despercebido onde quer que apareça. No último final de semana, um exemplar da espécie da família dos ralídeos foi avistado no pantanal de Mato Grosso do Sul e, apesar de registros no bioma não serem tão divulgados, quem documentou o flagrante afirma que costuma ver a espécie todos os anos na região.
A aparição do exemplar de frango d’água azul ocorreu na Fazenda San Francisco, localizada no pantanal de Miranda, distante 241 quilômetros de Campo Grande. Edir Alves, guia que fotografou o animal, diz à reportagem que avistamentos dessa ave aquática ocorrem com frequência nesta época do ano. “Até fevereiro estão aqui”, garante o profissional.
Espécie migratória, o frango d’água azul ocorre em todo o Brasil e não é raro de ser visto. Também é conhecido como jaçanã (Maranhão) e tauá-tauá-azul (Amapá), dependendo da região. De acordo com o WikiAves, está presente do sudeste dos Estados Unidos até o norte da Argentina.
Características do frango d’água azul
Entre as características mais marcantes, está corpo azul-púrpura dos adultos, que brilha nas cores verde e turquesa quando iluminado pelo sol. O grande bico vermelho e amarelo também destaca a espécie no meio de qualquer vegetação. As pernas e patas amarelas são compridas para facilitar a locomoção em áreas aquáticas.
Embora pareça, o frango d’água azul não caminha sobre as águas, ele costuma andar sobre vegetações flutuantes e pantanosas. Por ser migratório, percorre tranquilamente grandes distâncias por todo o território onde ocorre e ainda se adapta às cidades, principalmente em parques com lagos.
Frango d’água azul em Campo Grande
Pesquisadores da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), inclusive, já identificaram a presença de frangos d’água azul no Lago do Amor, em Campo Grande. Conforme a pesquisa, a presença do animal no Lago do Amor é ocasional.
“Ocorre em todo o Brasil e é capaz de longos deslocamentos. Alimentam-se principalmente de folhas, sementes e flores, incluindo ocasionalmente pequenos vertebrados e ovos. Constrói um ninho grande na vegetação aquática”, detalha o estudo sobre a espécie.
Fonte: Midiamax.