Fuligem, poeira e fumaça dificultam a visão na rodovia
Queimadas às margens da BR-262, entre os municípios de Miranda e Corumbá, mudou completamente a paisagem e escondeu a Serra de Bodoquena, na tarde desta terça-feira (6).
Imagens enviadas pelo Direto das Ruas mostram a baixa visibilidade da rodovia, com focos de incêndio bem próximos da pista. Entre a fumaça há muita fuligem e poeira, sendo necessário que os motoristas reduzam a velocidade e transitem com o pisca alerta ligado.
Equipes do Corpo de Bombeiros já estão no local e a PRF (Polícia Rodoviária Federal) interditou um trecho da via. Segundo o auxiliar administrativo Cleyton de Almeida, de 39 anos, os fazendeiros estão contratando caminhões pipa para ajudar no combate às chamas.
“Eu fiquei mais de uma hora esperando o fogo diminuir para conseguir passar. Estão combatendo com aviões e ajuda dos moradores da região. PRF e bombeiros estão direcionando os motoristas para uma área mais segura”, disse.
Conforme o monitoramento em tempo real do BDQueimadas, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) com uso de satélites, os focos de incêndios atingem a Reserva Indígena Kadiwéu, Miranda, Bonito e Aquidauana.
O coordenador do Prevfogo, Márcio Yule, confirmou o uso do caminhão pipa e atuam sete aeronaves de combate do Governo do Estado em toda aquela região. “Estamos com três viaturas em Miranda, com 15 brigadistas. As equipes aéreas estão em diversas áreas, sendo que lá tem sete e o Air Tractor do Ibama na Serra do Amolar”, detalha.
De acordo com o relatório diário da Operação Pantanal 2024, divulgado pelo Governo do Estado, o novo foco de incêndio foi identificado pelo satélite e uma equipe foi enviada para controlar a situação. Apesar dos esforços iniciais, a queimada se expandiu e atingiu a margem da rodovia. A equipe está redobrando os esforços para conter o avanço das chamas.
Os focos de calor detectados via satélite chegam a 3,7 mil , ou seja, 26,2% a mais que no mesmo período de 2020, quando foram registrados 2,9 mil, segundo dados do Inpe. Desde o começo da Operação, a área queimada no Pantanal de Mato Grosso do Sul chega a 690 mil hectares, o que representa aumento de 74,1% em relação ao mesmo período de 2020, quando foram queimados 396,6 mil hectares.
Fonte: CAMPO GRANDE NEWS.