Geral

Seca severa atinge 100% do território de MS

O relatório do Monitor das Secas indicou que a área seca em Mato Grosso do Sul aumentou de 85% para 100% da totalidade territorial

Este é o maior índice de seca desde julho de 2022 – Foto: Divulgação Imasul

Mato Grosso do Sul está entre nove unidades da Federação que registraram seca severa em 100% de sua extensão territorial no mês de julho deste ano, conforme relatório do Monitor de Secas.

No estado, entre os períodos de junho e julho, com intensificação em julho, a área seca saltou de 85% para 100%. Este é o maior índice de seca desde julho de 2022.

Seca em 100% por UF

  • Acre
  • Distrito Federal
  • Espírito Santo
  • Goiás
  • Mato Grosso
  • Mato Grosso do Sul
  • Minas Gerais
  • Rondônia
  • Tocantins

Extensão da Seca

Divulgação Monitor das Secas

A região Sul foi a única do país em que o fenômeno foi mais leve, apresentando menor área de seca (21%). As demais regiões enfrentaram uma situação severa, com registro de seca extrema.

O processo de acompanhamento das secas considera percentuais acima de 99% para indicar que todo o território está com cenário de seca.

“A seca se intensificou em Mato Grosso do Sul entre junho e julho com o avanço da seca grave de 11% para 34% do território do estado. É a condição mais severa no território sul-mato-grossense desde janeiro de 2023, quando houve seca extrema em 1% de MS. Com isso, o estado teve a condição mais severa do fenômeno em julho no Centro-Oeste”, diz o relatório.

Comparação

Em outro relatório, apresentado entre dezembro de 2023 e janeiro de 2024, a seca aumentou em 75% na extensão do território de Mato Grosso do Sul.

Segundo o Monitor de Secas, o estado registrou um aumento na área de seca moderada, que passou de 9% para 17%.

Seca Histórica

Instalada nos municípios de Chapada Guimarães e Nova Brasilândia, em Mato Grosso, a Usina Hidrelétrica de Manso liberou volume extra de água ao longo de três semanas a partir do final de junho e isso pode evitar que o Rio Paraguai enfrente neste ano o nível mais baixo desde o início das medições, em 1900. 

O aumento na vazão ocorreu entre os dias 27 de junho e 18 de julho e por conta disso o nível do Rio Cuiabá, o principal tributário do Rio Paraguai, chegou a subir 70 centímetros em plano período de estiagem extrema.

No dia 27 de junho o nível na régua de Cuiabá estava em 90 centímetros. Dez dias depois, em 8 de julho, chegou a 1,57 metro no mesmo local. Depois disso começou a baixar e nesta quinta-feira (25), está em 95 centímetros, o que ainda é cinco centímetros acima do nível que estava antes do início da vazão extra na hidrelétrica rio acima. 

** Colaborou João Gabriel Vilalba e Neri Kaspary.

Fonte: Correio do Estado.

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