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Com superlotação em maternidade do HU, pacientes são atendidas em corredores

O Hospital conta com uma lotação total atual de 55 pacientes, quando deveria ser 38

Pacientes denunciam superlotação da maternidade do HU (Reprodução, Leitor Midiamax)

Deitadas em macas ou até sentadas em cadeiras de fio, gestantes são atendidas nos corredores do setor de maternidade do Humap-UFMS (Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian), em Campo Grande. A superlotação na unidade é frequente. Em abril de 2024, o Midiamax acompanhou um cenário similar. Na ocasião, o HU solicitou, inclusive, que a Central de Regulação da Sesau (Secretaria Municipal de Campo Grande) não regulamentassem novas pacientes.

Desta vez, o centro obstétrico, que possui 8 leitos, está com 8 extras, totalizando 16 pacientes. Já a maternidade, que possui 30 leitos, está com 9 extras, totalizando 39 pacientes, ou seja, o Hospital conta com uma lotação total atual de 55 pacientes.

A situação foi compartilhada por meio de vídeos gravados por uma leitora do Midiamax, que terá a identidade preservada. Grávida de 29 semanas, precisou ir ao hospital realizar alguns exames. Sem leito, mas precisando dos resultados para receber alta, foi deitada em uma maca, em um dos corredores do setor.

“Ontem eu estava em um corredor, mas me colocaram em outro agora, perto da rampa. Tem mulheres sentadas em cadeiras de fio. Uma delas está grávida de gêmeos, com as pernas inchadas, de ficar sentada de qualquer jeito”, lamenta.

Conforme a gestante, a situação limita as pacientes até em afazeres básicos, como ir ao banheiro. “Os enfermeiros fazem o que podem, nos tratam bem e são atenciosos. Mas não conseguimos nem ir ao banheiro direito. É difícil pra descer dessas macas, sem contar que temos que pedir nos quartos ocupados para utilizar o banheiro”, conta.

O que diz o Humap?

A reportagem questionou o Humap sobre a situação. Em nota, confirmaram a superlotação na maternidade e informaram que “tem mantido continuamente informada a Central de Regulação, para que as transferências necessárias possam ser realizadas com segurança”.

Questionamos se é possível que solicitem a não regulamentação de novas pacientes por tempo determinado, como ocorrido em 2024. Em resposta, informaram que “a contínua informação à regulação também aborda esse aspecto”.

Por fim, pontuaram que “a unidade hospitalar está à disposição dos órgãos de saúde e das autoridades locais para contribuir, de forma propositiva e coletiva, em busca de soluções para a mudança desse cenário”.

Fonte: Midiamax.

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