Mato Grosso do Sul teve familiares de 37 casos de desaparecimentos fornecendo amostras de DNA
Ao fim da campanha Nacional de Identificação e Busca de Pessoas Desaparecidas, coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, Mato Grosso do Sul registrou 49 coletas em todo seu território, obtendo amostras para casos de desaparecimento.
Nessa mobilização com parceria das polícias Civil e Científica do Estado – que durou de 26 a 30 de agosto – a ideia é reforçar o Banco de Perfis Genéticos tanto de MS quanto nacional, justamente para identificar casos de pessoas desaparecidas em todo o País.
Conforme balanço do Governo do Estado, cruzar as informações é essencial para localizar desaparecidos, principalmente os casos de longa data, citando o caso de Edmilson de Lisboa Duarte, desaparecido há dois anos.
Um dos primeiros a doar material genético na campanha foi justamente seu irmão, Nildo Duarte, que segue esperanço de reencontrar Edmilson, visto pela última vez no bairro Tijuca em 2022.
Boa parte das coletas do Estado foram feitas em Campo Grande, tendo 16 familiares de casos de desparecidos fornecendo amostras de DNA, com Corumbá; Jardim; Naviraí; Nova Andradina; Ponta Porã e Três Lagoas, somando outras 10.
Também contribuíram os seguintes municípios:
- 16 | Dourados
- 7 | Costa Rica
Como bem detalhou o Correio do Estado anteriormente, esse procedimento feito apenas em parentes de primeiro grau da pessoa desaparecida, com a recomendação de coleta de ao menos dois familiares.
Números de desaparecidos
Até o mês de agosto, Mato Grosso do Sul já somava 803 casos de desaparecidos, sendo a maioria homens, que a própria Secretaria de Justiça aponta ser um desafio, já que grande parcela é encontrada após retornarem por conta própria.
Se lançado olhar para o total de casos do ano passado, Mato Grosso do Sul teve 1.468 desaparecidos em 2023.
Esse aumento é melhor visualizado se levar em conta que, até 25 de agosto deste ano, eram 776 pessoas desaparecidas, cerca de três por dia, número que registrou outros 27 casos até o fim do mesmo mês.
Agora, as próximas etapas consistem na coleta de impressões digitais e material genético de pessoas vivas sem identificação; enquanto uma terceira (conhecida como análise do backlog), verificará as impressões digitais de corpos não identificados, armazenadas em bancos de dados federais e estaduais.
Importante ressaltar que em Mato Grosso do Sul essa ação é constante, tendo 15 pontos totais de coleta de material genético de familiares de pessoas desaparecidas em MS, sendo:
Fonte: Correio do Estado.