Dados são do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2024, divulgado nesta quinta-feira (18)
Crimes de estupro consumados com vítimas mulheres tiveram aumento de 10% em 2023 em Mato Grosso do Sul, cerca de duas vezes maior que a média nacional, 5,3%. Conforme os dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2024, divulgado nesta quinta-feira (18), ano passado terminou com 2.263 registros do crime no Estado, enquanto o ano anterior teve 2.057 crimes reportados – aumento de 206 casos.
Os números contrastam com os índices nacionais, que também quebraram recorde: no país, foram 68.798 registros de estupros com vítimas mulheres em 2022, contra 72.454 em 2023 – aumento de 5,3%.
A estatística resulta na média nefasta de 6 mulheres estupradas por dia, ou aproximadamente uma mulher estuprada a cada quatro horas em Mato Grosso do Sul. Para a análise, o Anuário utilizou números da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de MS).
O levantamento também detalha que, desses 2.263 crimes de estupro ocorridos em MS contra mulheres, 387 eram adultas, enquanto outras 1.876 vítimas foram consideradas vulneráveis – por exemplo, pessoas menores de 14 anos, pessoas com doenças mentais, enfermas ou que não sejam capazes de oferecer resistência, mesmo que no ato do crime. Neste grupo, o aumento de 2022 para 2023 foi maior que a média do estado e alcançou 11,5%.
Já estupros na forma tentada tiveram queda comparando os dois anos: em 2022, foram 169 tentativas, contra 165 em 2023, queda de -2,4%.
Divulgação de cena de estupro
O Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2024 também divulgou dados da divulgação de cena de estupro ou de estupro de vulnerável, cena de sexo ou de pornografia, crime que registrou um aumento significativo. No estado sul-mato-grossense, foram registrados 160 delitos em 2023 contra 107 no ano anterior.
Inclusive, na última terça-feira (16), o Jornal Midiamax noticiou que um padrasto obrigou uma jovem, de 27 anos, a ter relações sexuais com ele para que a mesma não tivesse suas fotos íntimas divulgadas. O caso aconteceu em Campo Grande e foi registrado na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher).
O Anuário Brasileiro de Segurança Pública é uma realização do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, baseado nos dados oficiais das secretarias estaduais de segurança pública, além das polícias civis, militares e federal, entre outras fontes oficiais da Segurança Pública no país.
Fonte: Midiamax.
