
Investigações realizadas por equipe do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros) indicam que o gerente de uma agência bancária em Campo Grande – apontado, inicialmente, como vítima de um sequestro realizado por membros do PCC (Primeiro Comado da Capital), no último dia 9 – , teria envolvimento com a quadrilha e participado de furtos de contas bancárias de clientes.
As informações foram divulgadas nesta segunda-feira (16), pelos delegados Fábio Peró e Pedro Pillar Cunha, responsáveis pelas investigações. A ligação entre o gerente e os integrantes do grupo criminoso ainda estão em investigação.
“Antes da extorsão mediante sequestro, havia uma ligação entre os sequestradores e o gerente por uma prática de um outro delito, para que juntos pudessem subtrair valores da agência bancária”, afirma Cunha.
Até o momento três pessoas foram presas. O último suspeito foi detido na quarta-feira (11), no Bairro Nova Lima. À polícia, ele afirmou que o sequestro foi planejado em São Paulo, por membros da facção que são especialistas em invadir computadores e disse que o gerente conhecia um dos integrantes de longa data.
Segundo as informações, o funcionário do Banco e um dos integrantes do grupo mantinham contato por e-mails funcionais do bancário, que teria sido cooptado pela organização criminosa para a participação no crime. Se comprovado o envolvimento do gerente, ele responderá por furto.
Sequestro
O sequestro aconteceu quando a mulher do gerente, que também é bancária, estava saindo da residência do casal e foi abordada por integrantes do grupo. Eles fizeram com que a mulher ligasse para o marido e fizesse com que ele fosse até ela. Ao chegar no local, ele foi rendido e questionado sobre o cartão de acesso.
O gerente foi levado até a agência bancária para pegar o cartão funcional e depois foi levado de volta para a casa onde ele e a mulher foram mantidos como reféns. Os policiais descobriram o local e libertaram o casal.
No cativeiro, um rapaz de 20 anos foi preso, e um homem de 30 anos foi preso no bairro Santa Mônica. Um dos integrantes, identificado como “El Tanque” estaria responsável por levar o cartão para paraíba, no entanto, foi preso antes. À polícia, ele disse que foi ameaçado para que cometesse o crime.
Os três homens presos pelo crime passaram por audiência de custódia e tiveram a prisão preventiva decretada. Fonte: Midiamax.