Jovem morreu após ser atropelada ao atravessar rodovia nesta quarta-feira (6)
Moradores de Bandeirantes – cidade a 70 quilômetros de Campo Grande – pedem por sinalização em trecho da BR-163, onde uma jovem, de 20 anos, morreu após ser atropelada nesta quarta-feira (6), próximo ao quilômetro 548. Edilaine Lescano foi arremessada por 40 metros.
O acidente comoveu moradores de Bandeirantes e retomou pedidos de sinalização na rodovia. “Enquanto não tomarem providências de colocarem radar e quebra molas nessa Br vai acontecer fatalidades porque nem redutores resolvem. Quantas vítimas vão ter que perder suas vidas para que alguma coisa seja feita. Que deus conforte o coração de seus familiares Edilaine”, disse uma internauta nos comentários da matéria publicada pelo Midiamax no Facebook.
“Quem tinha que estar sentindo a dor da população era o prefeito, ele tem que fazer algo, como a população vai fazer algo, o prefeito é alguém que sempre está com deputados federais, sempre está perto dessas pessoas importantes que agregam as leis!! Não tem como a população fazer nada, infelizmente, é uma tristeza, mas essa é a realidade, se não tiver alguém que está junto dessas pessoas que estão no poder isso nunca vai mudar”, afirma outra internauta.
Muito leitores também enviaram críticas sobre a falta de sinalização na região onde ocorreu o acidente e pediram providências por parte da CCR-MS Via, responsável pela administração a rodovia.
‘Pista de corrida’
Em junho deste ano, moradores de Jaraguari – cidade vizinha de Bandeirantes denunciaram o abuso de velocidade cometido por condutores que trafegam pela rodovia. Os excessos passaram a ser frequentes após a retirada de redutores de velocidade, desinstalados em abril.
Na ocasião, os moradores da cidade relataram ter participado de reuniões com a prefeitura e secretários, mas não houve resposta por parte da CCR.
Procurada pela reportagem, a CCR MSVia disse apenas que “todos os radares previstos no Contrato de Concessão estão em operação e atendem as normas técnicas do Inmetro. Os demais radares estão em processo de substituição/atualização, e seguem em tratativas com a Agência Reguladora para futuras instalações”.
O que diz a CCR
Procurada novamente pela reportagem do Jornal Midiamax, para falar sobre a situação do trecho onde ocorreu o acidente, a concessionária afirma que “o contrato de concessão inclui a operação de 13 radares, todos atualmente em funcionamento. Além desses, havia outros 38 radares instalados antes de a Concessionária assumir a operação da rodovia, que foram retirados devido à necessidade de atualização de software e hardware conforme a legislação vigente”.
A empresa também pontuou que “iniciou um processo junto à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para a substituição desses radares por novos modelos que atendam ao Regulamento Técnico Metrológico. Atualmente, o processo encontra-se em trâmite, aguardando as aprovações necessárias para que os novos equipamentos possam ser incorporados ao contrato de concessão da BR-163/MS.
Enquanto isso, a Concessionária adotou um plano de ação com medidas de reforço em pontos críticos, especialmente em áreas urbanas. Entre as ações estão o aprimoramento da sinalização horizontal, instalação de tachões, Painéis de Mensagens Variáveis (PMV), Sistemas de Indicador de Velocidade (SIV) e a presença de viaturas com alerta luminoso durante períodos de maior fluxo”.
A Concessionária também diz que “continua monitorando continuamente a rodovia, por meio de suas 477 câmeras, além de realizar campanhas de segurança viária, com o objetivo de conscientizar os motoristas sobre a importância de respeitar os limites de velocidade. Vale salientar, ainda, que a Polícia Rodoviária Federal segue com as ações de fiscalização de velocidade na rodovia, com a utilização de radares portáteis”.
Vítima de acidente em Bandeirantes
Informações obtidas pela reportagem do Jornal Midiamax são de que o motorista de uma Trailblazer, de 50 anos, teria atropelado a vítima enquanto ela atravessava a rodovia, nesta quarta-feira (6), próximo ao km 548.
Além disso, há suspeita de que o motorista estaria em alta velocidade pela BR-163 quando atingiu a jovem. O veículo ainda arrastou a vítima no capô por cerca de 30 a 40 metros de distância. Ela não resistiu aos ferimentos e morreu no local.
Perícia Técnica também realiza os levantamentos e apura as circunstâncias do atropelamento, mas, a princípio, o caso é tratado como homicídio culposo.
Fonte: Midiamax.