O presidente de honra do PL, Jair Bolsonaro, reafirmou seu apoio à reeleição de Adriane Lopes (Progressistas) no segundo turno das eleições para a Prefeitura de Campo Grande, mas negou que vá punir membros do partido que optarem por apoiar Rose Modesto (União Brasil). Em um áudio divulgado por Tenente Portela, presidente municipal do PL, Bolsonaro desmentiu boatos de que estaria planejando expulsar dissidentes.
”Não falei nada sobre expulsar quem quer que seja em Mato Grosso do Sul. Nada, zero”, afirmou o ex-presidente, rejeitando as alegações veiculadas na imprensa. Bolsonaro criticou as matérias, dizendo que eram invenções, mas pediu que seus apoiadores seguissem em frente.
Divisão interna
A decisão de Bolsonaro ocorre em meio a uma divisão dentro de sua própria base. João Henrique Catan, deputado do PL, causou controvérsia ao declarar apoio a Rose Modesto, que tem recebido o apoio de diversos petistas na capital. O posicionamento de Catan gerou críticas, inclusive do vereador Tiago Vargas (Progressistas), que o chamou de “traidor” e “esquerdista”.
Outro nome de peso que também declarou voto em Rose é Capitão Contar (PRTB), um dos mais fervorosos apoiadores de Bolsonaro em Mato Grosso do Sul. Embora Contar não seja do PL e, portanto, não esteja sujeito a punições, sua decisão foi duramente criticada por sua base de apoiadores, especialmente devido à aliança de Rose com membros do Partido dos Trabalhadores (PT), como Pedro Kemp, Luiza Ribeiro e Tiago Botelho.
A rejeição ao PT entre os bolsonaristas em Campo Grande continua forte, com muitos considerando qualquer aproximação com o partido inaceitável, dada a histórica rivalidade política e as acusações contra o grupo. Mesmo assim, Bolsonaro enfatizou que não haverá retaliação contra aqueles que seguirem um caminho diferente no segundo turno.
Fonte: Star Mídia News.