Trânsito

“Rodovia da Morte”: menino de 8 anos morre após ser atropelado na BR-163

A criança foi encaminhada para o hospital em estado gravíssimo e seria transferido para Campo Grande, no entanto, não resistiu aos ferimentos

“Rodovia da Morte”, menino de 8 anos morre após ser atropelado na BR-163 – Reprodução: Rio Verde News

Um menino de 8 anos morreu após ser atropelado por uma motocicleta na BR-163, em Rio Verde do Mato Grosso – localizado a 203km de Campo Grande. O acidente aconteceu no fim da manhã desta segunda-feira (03). 

De acordo com a reportagem local, o menino estava na beira da estrada quando escapou da mão de sua mãe, tentou atravessar a via correndo e acabou sendo atingido pela moto.

A criança foi encaminhada para o Hospital Geral Paulino Alves da Cunha (HGPAC) em estado gravíssimo e seria transferido para Campo Grande, no entanto, não resistiu aos ferimentos. Ainda não há informações sobre o estado da saúde do motociclista.

Já a mãe do menino foi encontrada em estado de choque e precisou ser sedada no local do acidente. Um trecho da pista chegou a ficar interditado, mas voltou a funcionar cerca de 20 minutos depois. 

Média alta
De janeiro a outubro de 2024, a BR-163, rodovia que corta Mato Grosso do Sul da divisa com o Paraná à divisa com Mato Grosso, foi cenário de 709 acidentes, que resultaram em 57 óbitos.

Os números equivalem a uma média de 71 acidentes por mês, pior índice visto desde 2017. De janeiro a dezembro daquele ano, foram registrados 877 acidentes, uma média de 73 acidentes por mês.

Se comparados os óbitos registrados em acidentes, os números mostram que 2024 é mais mortal na rodovia. Os índices apontam para uma média de 5,7 mortes por mês, mais do que a média de 5,1 mortes mensais registradas em 2017. Nos 12 meses daquele ano, 62 pessoas morreram na BR-163.

O ano de 2017 marcou ainda o início de uma queda no número de acidentes. No entanto, em 2020 esses índices voltaram a subir.

Investimento
A rodovia não recebe investimentos desde 2017, quando a empresa solicitou o reequilíbrio do contrato. A CCR chegou a dizer em 2019 que não tinha interesse em permanecer com a rodovia e até cobrou a devolução de ativos da União, no valor de R$ 1,4 bilhão.

O acordo final para a manutenção da empresa na gestão só foi alcançado em 2023, e aprovado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) em novembro deste ano.

Com essa decisão, espera-se um investimento de R$ 12 bilhões, que incluirá a duplicação de 170 km da via, a construção de uma terceira faixa em outros 190 km e diversas obras adicionais.

Fonte: Correio do Estado.

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